Publicado em 30/04/2024 às 17:59 | Atualizado 30/04/2024 às 17:59 por felipetommyreal
Análise detalhada sobre a recente queda do bitcoin e perspectivas de investimento, direto dos especialistas.
O bitcoin continua sua trajetória de queda nesta terça-feira, 30, chegando a ser cotado em torno de US$ 60 mil. Este declínio marca o encerramento de abril com desempenho negativo, após um março repleto de recordes consecutivos. Apesar disso, especialistas tranquilizam investidores, enfatizando que essa queda não representa um cenário catastrófico. No momento, o valor do bitcoin está em torno de US$ 60.641, registrando uma queda de mais de 2,6% nas últimas 24 horas, segundo dados do CoinMarketCap.
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Durante o mês, a criptomoeda sofreu uma queda de 13,6%, aproximando-se da retração de 16% observada em novembro de 2022, quando houve a queda da FTX. No entanto, desde o início do ano, o bitcoin ainda acumula um aumento de 43,3%, apesar de já ter recuado cerca de 17,7% desde sua máxima histórica de março, atingindo US$ 73.750.
Lucas Josa, especialista em criptoativos do BTG Pactual, observa que o bitcoin ainda pode retroceder para cerca de US$ 59 mil. Durante o programa semanal Morning Call Crypto da Mynt, plataforma de criptoativos do banco, Josa discutiu o panorama e as perspectivas para a principal criptomoeda com o convidado Felipe Medeiros, especialista do Boteco Cripto.
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Medeiros contextualiza que o mercado está se aproximando da quinta semana de correção para o ativo, destacando que essa não é uma situação alarmante, mas sim um ajuste após um período de alta intensa. Ele enfatiza que o bitcoin passou por um rali significativo, saindo de US$ 25 mil para máximas históricas, com pouca consolidação entre esses movimentos. Diante disso, é natural que ocorram correções, especialmente com fatores externos influenciando os ativos de risco, como a incerteza em torno dos possíveis cortes na taxa de juros dos EUA.
No que diz respeito à oportunidade de compra de bitcoin, Medeiros sugere uma abordagem diferenciada para o curto e longo prazo. Ele destaca que, a longo prazo, toda compra de bitcoin é interessante, desde que seja evitado comprar durante as máximas históricas. Ele vê a mudança de status do bitcoin, de um ativo puramente especulativo para um ativo mainstream, como uma razão sólida para investir no médio e longo prazo, já que é apoiado por grandes gestoras globais.
Por outro lado, no curto prazo, Medeiros sugere cautela para os especuladores, antecipando possíveis níveis mais baixos de preço. Ele atribui parte da queda recente à expectativa frustrada em torno do lançamento dos ETFs em Hong Kong, além de um cenário global desfavorável para ativos de risco. No entanto, ele ressalta que o mercado pode apresentar eventos inesperados, portanto, tomar decisões de negociação com base em percepções de curto prazo pode ser arriscado.