contrato emergencial milionário

Justiça suspende contrato emergencial milionário da Prefeitura de Parauapebas

Política Regional
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Publicado em 10/05/2025 às 17:42 | Atualizado 10/05/2025 às 18:11 por felipetommyreal


Decisão aponta superfaturamento e favorecimento na contratação de R$ 5 milhões para serviços de cópia e colheita sem licitação.

A Justiça do Estado do Pará suspendeu um contrato emergencial milionário firmado pela Prefeitura de Parauapebas com a empresa EC da Silva Informática LTDA. A decisão, assinada pelo juiz Fabrício Luís Radaelli, atendeu ao pedido de uma ação popular e apontou graves indícios de superfaturamento e direcionamento.

O contrato, no valor de R$ 5.008.968,00, tinha como objeto a prestação de serviços de cópia e colheita. A contratação foi feita via Dispensa de Licitação Emergencial nº 00001/2025SEGOV, após o fracasso de um pregão eletrônico anterior por decisão judicial.

Contratação ignorou propostas mais baratas

De acordo com o processo, três empresas participaram do pregão anterior oferecendo valores consideravelmente menores: AURA (R$ 1,36 milhão), SYSTEMSCOPY (R$ 1,88 milhão) e Lucimari Rocha (R$ 3,99 milhões). Mesmo assim, a prefeitura optou por firmar contrato com valor até R$ 3,6 milhões mais alto.

Além disso, não houve comprovação adequada de pesquisa de preços, e todas as empresas cotadas eram locais e, segundo a denúncia, possuíam vínculos entre si, incluindo a suspeita de que um servidor público atuava como sócio oculto.

Juiz determina suspensão imediata

O juiz Fabrício Luís Radaelli deferiu liminar determinando:

  • Suspensão imediata do contrato emergencial;
  • Proibição de qualquer pagamento à empresa;
  • Adoção de novas medidas legais para manter o serviço sem prejuízo ao erário;
  • Multa de R$ 10 mil por dia em caso de descumprimento.

O magistrado também destacou que a empresa EC da Silva já prestou o mesmo serviço por valores menores a outros entes públicos, como Canaã dos Carajás.

Alvos da ação

Além do prefeito Aurélio Ramos de Oliveira Neto, a ação também tem como réus:

  • Natalia Santos Oliveira (Secretária de Governo)
  • Leonardo de Medeiros
  • Elizonete Costa da Silva
  • Luciano Teixeira da Silva
  • A empresa EC da Silva Informática

Justiça quer proteger o dinheiro público

Na decisão, o juiz afirmou que há indícios robustos de que a contratação foi direcionada, com indícios de dano milionário ao erário público, justificando a intervenção judicial para proteger os cofres municipais.

Denuncia

Portal Felipe Tommy segue acompanhando o caso e está aberto para divulgar o posicionamento dos envolvidos.