Publicado em 30/04/2024 às 15:50 | Atualizado 30/04/2024 às 16:25 por felipetommyreal
Gigante farmacêutica enfrenta processo após revelar possível efeito colateral da vacina.
A gigante farmacêutica AstraZeneca, pela primeira vez, admite a ligação entre sua vacina contra a COVID-19 e casos raros de coágulos sanguíneos graves. Documentos judiciais revelaram que a AstraZeneca reconheceu o potencial de sua vacina Covid para causar um efeito colateral incomum, abrindo caminho para possíveis pagamentos de indenização significativos na casa dos milhões de libras. A notícia veio à tona através do jornal britânico The Telegraph.
A empresa está enfrentando um processo judicial movido por indivíduos que alegam ter sofrido graves consequências de saúde após receberem a vacina desenvolvida em parceria com a Universidade de Oxford. Advogados dos demandantes afirmam que a vacina desencadeou um efeito colateral que teve um impacto devastador em várias famílias. O primeiro caso foi registrado no ano anterior por Jamie Scott, um pai de dois filhos que desenvolveu uma lesão cerebral permanente após sofrer um coágulo sanguíneo e uma hemorragia no cérebro depois de receber a vacina em abril de 2021.

Jamie Scott ficou com uma lesão cerebral permanente devido vacina da Covid.
A AstraZeneca está contestando as acusações, mas admitiu em documentos oficiais apresentados no Tribunal Superior que sua vacina Covid-19 pode causar a Síndrome de Trombose com Trombocitopenia (TTS) em situações extremamente raras. Esta síndrome provoca a formação de coágulos sanguíneos e uma redução no número de plaquetas. No Reino Unido, foram registrados cinquenta e um casos dessa condição. As vítimas e suas famílias buscam indenizações que poderiam totalizar até £100 milhões, cerca de R$ 550 milhões.
Em maio de 2023, a AstraZeneca afirmou aos advogados de Jamie Scott que não acreditava que o TTS fosse uma consequência geral da vacina, porém, em fevereiro deste ano, admitiu que sua vacina poderia, em casos raros, desencadear a TTS. A empresa alegou não saber o motivo desse efeito colateral.
Os advogados dos demandantes argumentam que a vacina desenvolvida pela AstraZeneca em colaboração com a Universidade de Oxford é “defeituosa” e não funciona tão eficazmente como afirmado. A empresa discorda veementemente dessa afirmação. Kate Scott, esposa de Jamie, expressou ao The Telegraph: “A comunidade médica está ciente há muito tempo de que a TTS pode ser causada pela vacina. Apenas a AstraZeneca questionou essa ligação no caso de Jamie. Demorou três anos para eles reconhecerem isso. Consideramos isso um avanço, mas exigimos mais ação tanto da empresa quanto do governo. Queremos que as coisas avancem mais rapidamente. Buscamos um pedido de desculpas e uma compensação justa para nossa família e outras famílias afetadas. Temos a verdade do nosso lado e não vamos desistir.”
Sarah Moore, uma das advogadas envolvidas nos casos, comentou: “Levou um ano para a AstraZeneca admitir oficialmente que sua vacina pode causar graves coágulos sanguíneos, apesar de essa ligação ser reconhecida pela comunidade médica desde o final de 2021. Infelizmente, parece que a AstraZeneca, o governo e seus advogados preferem jogar jogos estratégicos e aumentar os custos legais em vez de enfrentar seriamente como sua vacina afetou a vida de nossos clientes.
Com informações do Jornal Razão.