Rompimento de Barragem no Rio Grande do Sul: Governador Alerta para Situação Dramática

Nacional
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Publicado em 02/05/2024 às 16:36 | Atualizado 02/05/2024 às 16:54 por felipetommyreal


Barragem da Usina 14 de Julho cede sob chuvas intensas, ameaçando comunidades próximas ao Rio Taquari

Barragem rompe no Rio Grande do Sul, ameaçando municípios vizinhos
O governador Eduardo Leite descreve a situação como dramática e prevê impactos em cidades próximas ao Rio Taquari. A barragem da Usina Hidrelétrica 14 de Julho, situada entre Cotiporã e Bento Gonçalves, não suportou o acúmulo de água decorrente das intensas chuvas dos últimos quatro dias, segundo a prefeitura local. O rompimento ocorreu na tarde desta quinta-feira (2), resultando na ordem de evacuação das residências próximas ao local assim que o risco iminente foi detectado. Até o momento, 13 fatalidades foram registradas em todo o estado em decorrência dos temporais.

O governador Leite enfatizou que medidas preventivas foram implementadas desde quarta-feira para evacuar as áreas circunvizinhas à barragem. Ele também ressaltou a gravidade da situação no estado:

“Acabamos de receber a informação do rompimento da ombreira direita da barragem 14 de Julho, em Cotiporã, na Bacia do Taquari Antas. Prevemos que o impacto não será apenas uma enxurrada, mas sim a elevação do Rio Taquari e da Bacia do Taquari Antas em direção a Santa Bárbara e Tereza. Apesar dos esforços para evitar o rompimento, inclusive com tentativas de acesso via helicópteros, fomos incapazes de conter a situação. Realizamos evacuações desde ontem, e para as comunidades que não puderam ser evacuadas, entramos em contato com as lideranças locais. Estamos trabalhando para minimizar os impactos. Esta é uma situação extremamente dramática no Rio Grande do Sul, superando qualquer previsão que poderíamos ter feito. É crucial que todos busquem segurança.”

O rompimento está sob investigação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), responsável pela barragem. A Aneel observou que a estrutura já estava submersa e identificou uma movimentação turbulenta da água, possivelmente devido ao comprometimento da ombreira direita, uma das laterais onde a barragem está apoiada. A Companhia Energética do Rio Antas (Ceran) também emitiu um comunicado informando sobre o rompimento, ocorrido por volta das 13h40 desta quinta-feira:

“A Ceran identificou o rompimento parcial do trecho direito da barragem da usina 14 de Julho, devido ao contínuo aumento da vazão do Rio das Antas e das fortes chuvas que atingem o estado do Rio Grande do Sul desde terça-feira. A Defesa Civil foi notificada e medidas adicionais estão sendo tomadas. O Plano de Ação de Emergência foi ativado no dia 1 de maio, em coordenação com as Defesas Civis locais, incluindo o acionamento de sirenes de evacuação para garantir a retirada antecipada e segura da população local. As barragens de Monte Claro e Castro Alves estão em estado de Atenção e continuam sendo monitoradas.”