Publicado em 27/05/2025 às 15:20 | Atualizado 27/05/2025 às 15:20 por felipetommyreal
Troca de farpas entre vereadores evidencia tensão, denúncias e submissão ao Executivo municipal.
Racha político na Câmara de Parauapebas ficou evidente durante a última sessão legislativa, marcada por trocas de ofensas, acusações e frases emblemáticas.
Tudo começou quando o vereador Alex Ohana (PDT), da base do governo, questionou o colega Sargento Nogueira (Avante), da oposição, insinuando que os requerimentos apresentados por ele eram apenas para autopromoção.
Nogueira não deixou barato. Afirmou com firmeza que fazer requerimentos é uma função legítima de todo vereador. Disse ainda que com ele “bravata não cola”.
A vereadora Maquivalda Barros (PDT), também da oposição, se disse assustada com a postura do colega de partido. “Requerer é um direito de todo parlamentar”, disse ela, reforçando que a transparência pública não vem sendo respeitada.
A sessão seguiu tensa, e o tom se elevou quando o vereador Nogueira afirmou que “tem vereador querendo dar aula de etiqueta”, ironizando os ataques que vinha recebendo.
No auge dos ânimos exaltados, o vereador Zé do Bode (União) soltou a frase mais emblemática da sessão:
“Se encher a piscina do umbigo pra baixo, molha a boca do vereador de tanto puxar cuião!”
A fala arrancou reações do plenário e repercutiu fortemente nas redes sociais. O vereador completou dizendo: “O trem tá apertando. Se não fizer o que o homem lá de cima tá mandando, vai ter exoneração em massa. Respeitem meu trabalho, meu gabinete e meus assessores.”
As falas escancararam o racha político na Câmara, com acusações implícitas de submissão ao Executivo e perseguição a quem contraria os interesses do governo.
Vereadores versus Executivo
A tensão evidenciou um problema maior: o enfraquecimento da independência entre os poderes em Parauapebas. Parlamentares como Zé do Bode e Sargento Nogueira levantaram preocupações sobre o uso de cargos comissionados como instrumento de pressão política.
Transparência questionada
A oposição cobrou mais acesso às informações públicas. Maquivalda destacou que os requerimentos feitos não recebem respostas concretas. Segundo ela, “a transparência está sendo negada ao povo”.
Bastidores e bastões
Nos bastidores, comenta-se que a pressão sobre os vereadores aumentou após denúncias recentes envolvendo contratos e nomeações suspeitas na prefeitura. A base governista tenta conter danos, enquanto a oposição promete endurecer a fiscalização.
Efeitos na imagem pública
O episódio causou desgaste na imagem institucional da Câmara, e reacendeu o debate sobre o papel do Legislativo: ser aliado ou fiscalizador do Executivo?

O Portal Felipe Tommy segue acompanhando o caso e está aberto para divulgar o posicionamento dos envolvidos.