Projeto cria 600 vagas

Projeto de Lei cria 600 vagas de assessores em Parauapebas.

Política Regional
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Publicado em 16/01/2024 às 19:44 | Atualizado 17/01/2024 às 07:27 por felipetommyreal


Vereadores aprovam projeto de readequação que cria 600 vagas de assessores, com salários de até R$ 14 mil, gerando impacto milionário.

A Câmara Municipal de Parauapebas aprovou, nesta quinta-feira (16), o Projeto de Lei nº 01/2025, de autoria do Executivo. O projeto cria 600 vagas de assessores, de livre nomeação pelo prefeito Aurélio Goiano, com salários que podem ultrapassar R$ 14 mil. Essa decisão, tomada em sessão extraordinária, teve 12 votos favoráveis e 3 contrários.

O impacto financeiro é significativo. Com custo anual de R$ 64 milhões, o gasto total pode ultrapassar R$ 256 milhões em quatro anos. Essa readequação no quadro de pessoal gerou debates intensos na Câmara.

Os vereadores Sargento Nogueira (Avante), Erika Ribeiro (PSDB) e Zé do Bode (União Brasil) votaram contra. Segundo o Sargento Nogueira, o projeto foi apresentado de forma apressada, sem estudo adequado, o que motivou sua posição contrária.

“Em apenas 16 dias de governo, Aurélio Goiano já propõe algo sem planejamento. Enquanto isso, mais 3000 famílias que dependem do PSS enfrentam incertezas”, afirmou Nogueira. Ele destacou ainda que, se houvesse uma reforma administrativa completa, seu voto poderia ter sido diferente.

A favor do projeto votaram Francisco Eloécio (PSDB), Sadisvan (PRD), Leandro do Chiquito (Solidariedade), Tito do MST (PT), Leo Márcio (Solidariedade), Laécio da ACT (PDT), Fred Sanção (PL), Elias da Construforte (PV), Alex Ohana (PDT), Zé da Lata (Avante), Graciele Brito (União) e Michel Carteiro (PV). A vereadora Maquivalda (PDT) não compareceu por motivos médicos.

Nos bastidores, comenta-se que as vagas beneficiariam vereadores da base aliada, criando um suposto “cabide de emprego”. Essa possibilidade reforça as críticas ao projeto, considerado por muitos como um movimento político estratégico do governo Goiano.

Apesar das críticas, a proposta foi aprovada. Para os defensores, a medida visa reorganizar a administração municipal e aumentar a eficiência nos serviços. No entanto, a oposição alerta para o custo elevado e o impacto sobre o orçamento público.

O debate segue forte entre a população. A aprovação gerou questionamentos sobre prioridades do governo e transparência na gestão dos recursos.