Publicado em 20/04/2025 às 16:35 | Atualizado 20/04/2025 às 16:35 por felipetommyreal
Paciente sangra pelos ouvidos e boca enquanto aguarda, há quatro dias, por transfusão urgente que o HGP não consegue realizar.
A paciente com dengue hemorrágica, Rosilda de Souza Carvalho, luta pela vida no Hospital Geral de Parauapebas (HGP). Segundo relatos da família, ela deu entrada diversas vezes desde o dia 14 de abril e, inicialmente, recebeu apenas dipirona e foi mandada para casa.
Na sexta-feira, 18, após insistência da família, foi admitida para observação. Exames indicaram 33 mil plaquetas, valor alarmante. A equipe médica aplicou vitamina K no soro, mas nenhuma outra ação foi tomada.
No sábado à noite, 19, Rosilda começou a sangrar pelos ouvidos e boca. No domingo, 20, as plaquetas caíram para 20 mil, colocando sua vida em risco extremo. Mesmo diante do quadro crítico, o hospital não realizou transfusão.
De acordo com o filho da paciente, João Vitor, o hospital alegou que não possui plaquetas disponíveis. Tentou conseguir cópias dos exames, mas foi ameaçado por uma enfermeira chefe, que cogitou chamar a polícia.
O hospital não autorizou transferência para outro município. Também se negou a administrar nova dose de vitamina K ou realizar transfusão de sangue total, alternativa possível em casos como esse.
Quatro doadores AB positivo foram reunidos pela família. Ainda assim, o médico responsável recusou a coleta e a transfusão. Os familiares relatam desespero e sentimento de abandono.
Hospitais de referência, como o HGP, têm o dever de manter um banco de sangue funcional. Plaquetas, hemácias e plasma fresco devem estar disponíveis. São essenciais em situações de urgência, como a da paciente com dengue hemorrágica.
Além disso, o hospital deveria estar integrado à rede de hemoterapia. Isso inclui parcerias com hemocentros, como o Hemopa, e transporte rápido de hemocomponentes. Se há demora de quatro dias e nada foi feito, trata-se de uma falha grave de gestão.
A responsabilidade recai sobre o secretário de Saúde, Marcos Vinícius, o prefeito Aurélio Goiano e sua esposa Beatriz Ramos, secretária da mulher. A omissão diante de um caso tão urgente precisa ser explicada.
A população cobra respostas. A vida de Rosilda depende de ação imediata. A negligência pode custar caro.

O Portal Felipe Tommy segue acompanhando o caso e está aberto para divulgar o posicionamento dos envolvidos.