Intolerância religiosa em Parauapebas

Prefeito Aurélio Goiano gera polêmica com intolerância religiosa em Parauapebas

Política Regional
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Publicado em 16/06/2025 às 20:31 | Atualizado 16/06/2025 às 20:44 por felipetommyreal


Falas sobre religiões de matriz africana feitas por Aurélio Goiano durante o Dia do Evangélico geram revolta e repúdio.

Prefeito Aurélio Goiano gera polêmica com intolerância religiosa em Parauapebas

A intolerância religiosa em Parauapebas virou tema central de discussões após declarações do prefeito Aurélio Goiano. O episódio ocorreu durante o Dia Municipal do Evangélico, celebrado na Câmara de Vereadores.

Durante seu discurso, o prefeito afirmou que, caso representantes de religiões de matriz africana buscassem apoio na prefeitura, seriam recebidos por um pastor. O gestor municipal completou dizendo que o pastor declararia: “Jesus salva, Jesus cura e se liga para você não ir para o inferno!” em tom de incitação ao ódio.

Falas causam indignação pública

As declarações geraram forte indignação nas redes sociais. Diversos cidadãos, entidades civis e religiosos acusaram o prefeito de intolerância religiosa em Parauapebas. A Federação Umbandista dos Cultos Afros Brasileiros do Estado do Pará (FEUCABEP) emitiu nota oficial de repúdio.

A nota, assinada pelo presidente Babalorishah Toy Vodunno José Carlos Gadelha Pinheiro, classificou as falas como crime de racismo religioso. Segundo a FEUCABEP, as declarações são inaceitáveis, preconceituosas e discriminatórias.

Câmara Municipal também reage

Além das entidades religiosas, a Câmara Municipal de Parauapebas também se posicionou oficialmente. Por meio de uma nota assinada por seus membros, incluindo o presidente Anderson Moratorio, a Câmara condenou as falas do prefeito.

O documento destacou que as declarações de Aurélio Goiano reforçam estigmas históricos contra as religiões de matriz africana. A Câmara classificou o episódio como uma violação do princípio da laicidade do Estado.

Abaixo a nota divulgada no site da câmara municipal.

Representantes de matriz africana pedem providências

Em entrevista ao Portal Felipe Tommy, a Mãe Vanessa e Mãe Gláucia, representantes da Federação Umbandista, expressaram preocupação com os impactos sociais das falas. Elas destacaram que os praticantes dessas religiões já enfrentam discriminação e marginalização.

A líderes religiosas também afirmaram que a comunidade espera providências do Ministério Público e de órgãos de direitos humanos. Elas alertaram que esse tipo de discurso pode aumentar os casos de intolerância na cidade.

Da Esquerda para Direita – Mãe Gláucia, Mãe Vanessa e o Jornalista Felipe Tommy

Prefeitura ainda não se manifestou

Até o fechamento desta matéria, a Prefeitura de Parauapebas não havia emitido nota oficial. O coordenador de Assuntos Religiosos, Pastor Gerardo, também não apresentou posicionamento público.

O Portal Felipe Tommy reafirma que o espaço segue aberto para a manifestação oficial da Prefeitura, do Pastor Gerardo e do próprio prefeito Aurélio Goiano.

Denuncia

Portal Felipe Tommy segue acompanhando o caso e está aberto para divulgar o posicionamento dos envolvidos.