Ex-servidores seguem sem rescisão

Ex-servidores demitidos seguem sem rescisão em Parauapebas

Política Regional
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Publicado em 24/04/2025 às 21:43 | Atualizado 24/04/2025 às 21:43 por felipetommyreal


Mais de 200 ex-funcionários públicos denunciam atraso no pagamento de direitos trabalhistas e alegam abandono por parte da gestão municipal.

A crise silenciosa dos desligados

Mais de 200 ex-servidores seguem sem rescisão em Parauapebas. Alguns desde 31 de dezembro de 2024, segundo informações denunciadas, trabalhadores contratados pelo processo seletivo simplificado aguardam seus direitos.

Vigilantes, merendeiras, auxiliares de limpeza, controladores de acesso e monitores escolares relatam abandono e descaso da gestão Aurélio Goiano. A maioria enfrenta dificuldades extremas.

Alguns já receberam ameaças de despejo por não conseguirem pagar aluguel. A promessa de pagamento virou um labirinto sem saída entre secretarias e omissões.

O empurra-empurra das secretarias

A Secretaria de Administração (SEMAD) coletou dados de alguns ex-funcionários, mas não deu respostas concretas. A única devolutiva veio por um e-mail não institucional:

“Entendo a sua situação, mas não posso ajudar. Quem faz o pagamento das rescisões é a SEFAZ.”

A resposta foi enviada de um Gmail informal. Enquanto isso, servidores desesperados bateram de porta em porta entre SEMAD, SEFAZ, SEMAS e SEMED.

Pagamentos obscuros por TED

Uma servidora exonerada da SEMAS só conseguiu receber após quatro visitas e muitas cobranças. O pagamento foi feito por TED, no valor de R$ 3.000, sem explicação legal ou registro de processo administrativo.

A exceção virou regra: só recebe quem pressiona. Os demais aguardam sem saber se, quando ou como vão receber.

Sem salário e trabalhando informalmente?

Na SEMED, além das rescisões, a prefeitura também deve 10 dias trabalhados de dezembro. Como se não bastasse, o coordenador da vigilância, conhecido como “Caju”, enviou áudio incentivando vigilantes a trabalharem sem contrato.

“Não estou dizendo que ninguém é obrigado, mas quem puder ajudar, eu já coloco em contrato depois. Vai receber diferente.”

Essa prática pode configurar trabalho irregular, assédio moral e improbidade administrativa.

Responsabilização e denúncia formal

A denúncia já foi enviada ao Ministério Público, ao Ministério Público do Trabalho e será levada a outros órgãos. A situação fere a Constituição, a CLT e a Lei de Improbidade Administrativa.

A omissão da prefeitura, que ainda não prestou esclarecimentos oficiais, precisa ser investigada. O povo quer respostas.

Denuncia

Portal Felipe Tommy segue acompanhando o caso e está aberto para divulgar o posicionamento dos envolvidos.