Publicado em 16/03/2024 às 14:32 | Atualizado 17/03/2024 às 15:29 por felipetommyreal
Investigação revela indícios de desvio financeiro no sindicato e possível uso de recursos para campanha eleitoral em Parauapebas.
Uma investigação revelou um desvio financeiro no sindicato municipal, apontando possíveis irregularidades que incluem pagamentos indevidos, compras sem justificativa e uso de recursos para campanhas eleitorais. O relatório já foi encaminhado às autoridades e pode levar à responsabilização dos envolvidos.
Pagamentos sem justificativa e compras suspeitas
O relatório aponta que dirigentes afastados receberam altos valores sem respaldo legal. O montante ultrapassa R$ 100 mil, incluindo férias pagas sem previsão estatutária.
Além disso, o sindicato adquiriu dois iPhones 14 Pro Max, avaliados em R$ 15.269,00. Não há qualquer prestação de contas sobre o destino dos aparelhos.
Outra irregularidade identificada foi a realização de transferências financeiras fracionadas no mesmo dia, levantando suspeitas sobre a tentativa de ocultação de movimentações.
Possível financiamento irregular de campanha
A investigação também revelou que parte dos recursos do sindicato pode ter sido usada em uma campanha eleitoral.
Relatórios indicam que um carro pertencente a um ex-diretor financeiro da entidade recebeu doações de combustível. O veículo foi utilizado na campanha da candidata Layla Danielly Costa Pinheiro, do PRD.
Layla atualmente ocupa um cargo no gabinete do prefeito de Parauapebas, Aurélio Goiano. O caso já foi comunicado ao Ministério Público Eleitoral, que avaliará se houve abuso de poder econômico.
Cargos públicos e suspeitas de irregularidade
Os dirigentes afastados, que agora ocupam cargos estratégicos na prefeitura de Parauapebas, são:
- Anderson Sales Silva – Ex-diretor adjunto do sindicato, hoje Coordenador do DAM na Secretaria de Fazenda.
- Fabiano Santos Gama – Ex-diretor financeiro do sindicato, atualmente Diretor Financeiro na Secretaria de Saúde.
- Carlos Alessander – Ex-presidente afastado do sindicato, atualmente Analista de Sistemas.
- Layla Danielly Costa Pinheiro – Atualmente no DRC, lotada no gabinete do prefeito Aurélio Goiano.
Próximos passos da investigação
Diante das provas levantadas, o caso foi encaminhado para os órgãos competentes. Os envolvidos podem responder por crimes como peculato, apropriação indébita e abuso de poder econômico.
O Ministério Público e o Tribunal de Contas devem aprofundar a investigação e determinar se houve desvio de recursos públicos.
A sociedade aguarda respostas e medidas concretas para garantir transparência na administração municipal.
Resposta do Ex-presidente Sindical
“A VERDADE VAI APARECER!
Estão tentando me expulsar do sindicato e cerceando meu direito de defesa! Mas eu não vou me calar! Vou esclarecer, ponto por ponto, todas as denúncias.
Começo com a acusação de gasto abusivo com combustível… MAS OS NÚMEROS NÃO MENTEM! Em 2021, o sindicato gastava R$ 55 mil, em 2022, R$ 63 mil. Quando assumi, caiu para R$ 27 mil em 2023 e finalizamos 2024 com apenas R$ 23 mil! Com a gasolina mais cara, ainda reduzimos drasticamente os gastos! Por que ninguém fala disso?
No dia 18 tem ASSEMBLEIA e eu preciso de TODOS OS SERVIDORES presentes! Chega de deixar o futuro do sindicato nas mãos erradas!
Esclareço que no inicio tais situações ocorriam pelo fato de dirigentes irem ao supermercado e me cabia apenas pagar o pix, para corrigir isto as compras passaram a ser realizadas por funcionários através de listas pre-autorizadas o que gerou insatisfação de alguns, entretanto papel de dirigente não é estar em supermercado, mas sim ou junto a base acompanhando demandas ou estudando e se preparando para as discussões com o governo.
No dia 18 tem ASSEMBLEIA e eu preciso de TODOS OS SERVIDORES presentes! Chega de deixar o futuro do sindicato nas mãos erradas!
Esclareço as acusações feitas contra o diretor financeiro adjunto Anderson Sales, que teria supostamente recebido uma gratificação de forma indevida. No entanto, essa não passa de mais uma manobra do governo com seus parceiros para boicotar as ações do sindicato.
O Gabinete e a própria Procuradoria do Município reconheceram o direito e comunicaram à Justiça que emitiriam a licença. Porém, ao perceberem que Anderson estava cumprindo seu papel – ao contrário de outros que boicotavam –, voltaram atrás e distorceram os fatos para manipular a Justiça.
Diante disso, ficam algumas perguntas no ar:
Por que aceitam folhas de ponto assinadas indevidamente de uma pessoa que se intitulou interina desde maio?
Por que dois pesos e duas medidas?
Por que para o Carlão exigem um estudo detalhado, mas para outras entidades nem o registro sindical é necessário?”
O Portal Felipe Tommy segue acompanhando o caso e está aberto para divulgar o posicionamento dos envolvidos.