Publicado em 29/04/2024 às 13:35 | Atualizado 29/04/2024 às 13:35 por felipetommyreal
Análise detalhada das receitas recordes e despesas governamentais que resultaram no déficit primário de março. Entenda os desafios e estratégias para equilibrar as contas públicas.
Neste mês de março, o governo federal registrou um déficit primário de R$ 1,53 bilhão, conforme anunciado pela Secretaria do Tesouro Nacional nesta segunda-feira (29).
O déficit primário ocorre quando as receitas provenientes de tributos e impostos são inferiores às despesas governamentais, excluindo os gastos com juros da dívida pública. Por outro lado, quando as receitas superam as despesas, há um superávit primário.

Os dados revelam que a receita líquida atingiu R$ 163,8 bilhões, enquanto as despesas alcançaram R$ 165,3 bilhões em março. Segundo o Tesouro Nacional, esse déficit é o maior para este mês desde 2022, quando foi de R$ 6,97 bilhões (valor ajustado pela inflação).
É notável que esse resultado negativo tenha ocorrido apesar do bom desempenho da arrecadação, que atingiu um recorde histórico para o período, totalizando R$ 190,6 bilhões. Em termos reais, a receita líquida, após as transferências aos estados e municípios, aumentou em R$ 12,6 bilhões (+8,3%), enquanto as despesas totais aumentaram em R$ 6,8 bilhões (+4,3%), em comparação com março de 2023.
Quando questionado sobre a conformidade das receitas e despesas com a meta fiscal estabelecida para este ano, o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou que os números indicam um caminho viável para alcançar os resultados planejados. No entanto, Ceron não excluiu a possibilidade de adotar novas medidas para aumentar a arrecadação ainda em 2024, como uma estratégia para atingir as metas fiscais estabelecidas pelo governo.