Déficit Nominal de Lula Quase Igual ao da Pandemia

Déficit Nominal de Lula Quase Igual ao da Pandemia

Economia Nacional Política
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Publicado em 20/05/2024 às 17:21 | Atualizado 20/05/2024 às 17:30 por felipetommyreal


Governo enfrenta déficit nominal elevado mesmo sem pandemia

O governo Lula enfrenta um desafio fiscal significativo. O déficit nominal quase igual ao da pandemia preocupa especialistas e analistas do mercado financeiro. A situação se agrava com os gastos públicos crescentes, especialmente após as enchentes no Rio Grande do Sul.

Os programas sociais e a suspensão do pagamento da dívida do Estado do Rio Grande do Sul aumentam a dívida bruta do governo, que em março de 2024 foi de 75,7% do PIB. Esses gastos não serão contabilizados na meta de resultado primário, graças a uma medida aprovada pelo Congresso. Isso exclui despesas com o RS das principais regras fiscais.

A exclusão dessas despesas do cálculo fiscal afeta a trajetória financeira do governo. O Brasil gastou R$ 745,7 bilhões com juros da dívida no acumulado de 12 meses até março. Esse aumento de gastos fora das regras fiscais previstas impacta diretamente a dívida pública.

Aumento da Dívida Pública

Analistas do mercado financeiro aumentaram a projeção da dívida pública no Boletim Focus do Banco Central. A previsão subiu de 79,75% para 80% do PIB. A decisão do Copom de cortar a Selic em 0,25 ponto percentual tornará mais caro custear os juros da dívida.

O pagamento de juros da dívida é uma das principais razões para o déficit nominal elevado. Desde fevereiro de 2022, a Selic está acima de dois dígitos, aumentando o custo da dívida e o déficit nominal do governo.

Impacto dos Gastos Públicos

A expansão de gastos no governo Lula também contribui para o déficit primário, que exclui o pagamento de juros da dívida. Dados do Banco Central mostram que o setor público consolidado teve um saldo negativo em maio de 2023, com um déficit crescente que atingiu R$ 252,9 bilhões em março de 2024.

Esse cenário fiscal preocupante resulta da combinação de altos gastos com juros e a expansão de despesas públicas. As enchentes no Rio Grande do Sul, que forçaram a suspensão do pagamento da dívida do Estado, agravaram a situação financeira.

Medidas do Governo

Para tentar mitigar os impactos fiscais, o governo aprovou a exclusão dos gastos com o Rio Grande do Sul do cálculo das regras fiscais. No entanto, essa medida temporária pode não ser suficiente para conter o aumento do déficit nominal.

Projeções Futuras

A dívida pública tende a aumentar se as medidas de controle fiscal não forem rigorosamente implementadas. O mercado financeiro continua a monitorar a situação, ajustando suas previsões conforme novas políticas econômicas são anunciadas.

A trajetória fiscal do governo Lula, com um déficit nominal quase igual ao da pandemia, apresenta desafios significativos. As despesas com juros da dívida e os gastos emergenciais com o Rio Grande do Sul são fatores determinantes dessa situação. As próximas decisões do governo serão cruciais para reverter ou, pelo menos, conter o aumento da dívida pública e do déficit nominal.

Medidas econômicas

O governo Lula enfrenta um déficit nominal quase igual ao registrado durante a pandemia. A combinação de altos gastos públicos e juros elevados agrava a situação fiscal do país. As próximas medidas econômicas serão essenciais para equilibrar as contas públicas e estabilizar a dívida.