Publicado em 23/05/2025 às 10:53 | Atualizado 23/05/2025 às 10:53 por felipetommyreal
Presidente da CCJ do Senado garante apoio à CPI mista do INSS e Planalto acelera para evitar desgaste político.
O presidente da CCJ do Senado, Davi Alcolumbre, confirmou nesta semana que há apoio suficiente para instaurar a CPMI do INSS. A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito terá como foco investigar falhas no sistema do INSS e possíveis irregularidades em contratos da Previdência. A movimentação pegou o governo federal de surpresa. O Palácio do Planalto iniciou reuniões emergenciais para tentar frear o avanço da comissão.
Governo corre contra o tempo
Com a CPMI do INSS ganhando força, o governo corre para conter o desgaste político. A base governista tenta desmobilizar assinaturas na Câmara. Além disso, ministros articulam com líderes do Congresso para adiar a instalação da comissão. Segundo fontes, o Planalto teme que a CPMI se transforme em palco de ataques ao governo, sobretudo em ano pré-eleitoral.
Investigação pode expor fragilidades
Os parlamentares da oposição afirmam que a fila de espera no INSS, os contratos milionários e os escândalos no setor serão os alvos principais. Especialistas apontam que a comissão pode revelar falhas sistêmicas que prejudicam milhões de brasileiros que dependem do benefício.
Tensão cresce no Senado
Alcolumbre, mesmo sendo aliado do governo em diversas pautas, assumiu uma postura firme ao declarar que “quem tem nada a temer, nada deve esconder”. Essa declaração aumentou a tensão entre o presidente da CCJ e integrantes da base governista. A movimentação de Alcolumbre também fortalece sua imagem como articulador e líder independente dentro do Congresso.
Lula tenta blindar governo
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem demonstrado preocupação com a repercussão da CPMI. Assessores palacianos avaliam que a comissão pode servir de munição para adversários em ano de pré-campanha. Por isso, o governo articula para impedir sua instalação imediata, embora reconheça a dificuldade em conter o avanço das assinaturas.
Próximos passos
Se instalada, a CPMI terá poder de convocação, o que poderá incluir ex-presidentes do INSS, ministros e até empresários ligados a contratos. O requerimento já conta com apoio suficiente na Câmara e no Senado, faltando apenas a leitura em plenário para ser formalizada.